Esta fanzine visa trazer o olhar de introspecção dos artistas Ana Montagna e Rodrigo Bevenuto, para com a natureza no contexto atual de isolamento decorrente da crise sanitária no Brasil. Os desenhos, que são efêmeros, por conta dos materiais usados, propõem um recorte particular de cada artista sobre os episódios de degradação das florestas e biomas brasileiros que se intensificaram durante o atual governo neste período de isolamento. Nosso trabalho denuncia o descaso hereditário das instituições que controlam as vendas clandestinas de terras indígenas que devem ser demarcadas com urgência junto a reforma agrária do nosso país.

Os desenhos foram produzidos utilizando técnicas mistas com pigmentos naturais acessíveis aos artistas em seus respectivos contextos, adquiridos através do suco de ervas, chá de folhas e xarope de flores, além de tintas produzidas com terra, mesclando também materiais de origem sintética. A técnica da antotipia é explorada de maneira a dar destaque a questão do efêmero e da fragilidade abordadas.

A escultura do memorial do complexo cultural e centro de político e lazer da América Latina projetado por Oscar Niemeyer, inaugurado em 1989 em São Paulo - Brasil, é forte referência para a produção de capa deste trabalho, retratando as veias saltadas de sangue da mão como a ferida exposta na América Latina tal como abordado no livro do Jornalista, escritor e poeta uruguaio Eduardo Galeano, As Veias Abertas da América Latica, publicado em 1971, que faz analizes do contexto da colonização europeia, do Imperialismo e o impacto da escravidão na América Latina.

Formato: Midia fisica colorida.

Midia Fisica: A6

Idioma: Português.

N. de paginas: 20 páginas coloridas.

Papel 120g livre de oxidação.